sábado, 7 de junho de 2008

Olhar feminino sobre a luta política

A semana de 1968 que aconteceu nos dias 28 a 30 de maio foi lembrada pela faculdade Estácio de Sá de Belo Horizonte com seguinte tema: 1968 o sonho acabau? O inicio das palestras foi marcada com a presença da assistente social, Gilse Cosenza grande personagem da luta contra a ditadura da década de 60. Ela retratou mais uma vez em forma de protesto, episódios acontecidos na época, quando fazia parte dos alunos da universidade Católica em pleno o golpe militar no ano de 1968 no auge da invasão de policiais militares às faculdades de todo o país e também no exterior. Trocar de roupa todos os dias ou até mesmo mais de uma vez ao dia é algo comum e rotineiro para a maioria das pessoas, mas imagine o que seria trocar de nome varias vezes durante um período da vida, para não ser presa. Quando os militares a encontraram, sofreu muito. As torturas físicas sofridas diariamente – espancamentos, “pau-de-arara", choques elétricos na vagina, ouvido e mãos, estupro – e as torturas psicológicas envolvendo Juliana, sua filha. Suas feições demonstram claramente que a tortura física dói menos que a de saber que sua filha pode estar nas mãos dos policiais. Hoje, com 64 anos ela faz questão de dizer que faria tudo de novo, pois valeu a pena lutar. “Estou com 64 anos, foram quase 50 de luta e se o tempo voltasse eu faria tudo de novo”, conclui Gilse, diante uma platéia eufórica no auditório da Faculdade Estácio de Sá. Aplaudida de pé, Gilse fez bonito no primeiro dia do evento, quem fez feio foi o diretor acadêmico Rúbio de Andrade e da coordenadora Letícia Lins, não pegou bem na abertura do evento sobre 1968 que a Faculdade Estácio de Sá BH organizou. Após uma apresentação sem entusiasmo, o diretor acadêmico retirou-se da mesa sem ao menos esperar a entrada da palestrante.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

A diversidade dos butecos mineiros

Começou o maior evento gastronômico de Belo Horizonte, onde os bares da capital disputam, com tira-gostos criados pelos cozinheiros dos “butecos”, a preferência dos consumidores. Com o festival “Comida di Buteco”, ao invés da bebida, o atrativo dos bares passam a ser as inovadoras receitas reinventadas a partir da culinária mineira. Em sua nona edição, essa festa gastronômica, já se tornou tradicional na capital mineira e esse ano conta com 41 bares participantes.

O festival teve início em 2000 e já teve sete ganhadores, nas oito edições anteriores. Um único bar venceu por duas vezes o concurso, em 2004 e 2006. Claro que não basta criar um bom tira-gosto, para participar do evento os bares também concorrem entre si por uma vaga no concurso. Mas nem só de disputa vive o “Comida di Buteco”. A diversidade artística é bem explorada pelos produtores que buscam atrações extras para encantar os visitantes de cada buteco, como a Arte no Banheiro, que faz do inusitado local uma galeria de arte.

O festival se destaca no roteiro gastronômico mineiro por causa dos saborosos tira-gostos criados para o festival, sempre com muita originalidade e criatividade. A disputa é levada a sério e todos os butecos buscam oferecer ambientes agradáveis e um atendimento de primeiríssima qualidade.

Como nas outras edições, uma festa de confraternização encerra o concurso com a presença de todos os participantes e convidados nos dias 17 e 18 de maio, no Largo da Saideira, localizado no bairro Cidade Nova. Já foi confirmada a presença de 50 butecos (os 41 concorrentes e nove convidados), além de atrações musicais da MPB, chorinho, samba e samba-rock.

Afinal, "pra que mar, se nós temos bar"?